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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

VANGUARDA EUROPEIA

As vanguardas europeias são as manifestações culturais que iniciaram no século XX, na Europa. Elas representaram a ruptura do Simbolismo e passou a designar aqueles que estiveram à frente do seu tempo. Ou seja, os artistas não satisfeitos com o que se fazia, buscaram novas formas de expressão.

O movimento Futurista exaltava a vida moderna, da máquina, da velocidade. Os futuristas queriam mostrar a vida moderna através da arte cheia de movimento e força. Observe essas características na tela de Umberto Boccioni, O barulho da rua invade a casa, em que a mulher na sacada parece escutar os sons da cidade, remetendo à modernidade.


Podemos relacionar o quadro com o poema Ode triunfal, de Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa):

À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!


O expressionismo surgiu em 1910 preocupado com o mundo interior e a maneira de expressá-lo. Os expressionistas são mais afetados pelo sofrimento humano do que pelo triunfo. A pintura O grito, de Edvard Munch retrata bem a fase expressionista.



O Cubismo valoriza as formas geométricas ao revelar um objeto em seus vários ângulos. A proposta cubista era focada na liberdade do artista para decompor e recompor a realidade. Um dos artistas mais notáveis desse movimento foi Pablo Picasso. Observe como desconstruídas são as moças do quadro, mas mesmo assim são retratadas com a perfeição característica de Picasso.


O Dadaísmo nega o passado, o presente e o futuro, representando a total falta de perspectiva diante da guerra. Importante era criar palavras de sonoridade, quebrando o significado, era ressaltado o grito contra o capitalismo e o mundo em guerra. Leia os versos de Para fazer um poema dadaísta, de Tristan Tzara:

Pegue num jornal.
Pegue numa tesoura.
Escolha no jornal um artigo com o comprimento que pretende dar ao seu poema.
Recorte o artigo.
Em seguida, recorte cuidadosamente as palavras que compõem o artigo e coloque-as num saco.
Agite suavemente.
Depois, retire os recortes uns a seguir aos outros.
Transcreva-os escrupulosamente pela ordem que eles saíram do saco.
O poema parecer-se-á consigo.
E você será um escritor infinitamente original, de uma encantadora sensibilidade, ainda que incompreendido pelas pessoas vulgares.

Esta obra do dadaísta Marcel Duchamp representa o conceito dito pelo artista:
Uma obra de arte pode ser qualquer coisa mas nunca pode ser uma coisa qualquer.


Por fim, o Surrealismo está em busca do homem primitivo, da liberação do inconsciente, da valorização do sonho. O surrealista Salvador Dalí, por exemplo, foi influenciado pela teoria de Freud. Seus temas recorrentes são o sexo, a memória, o sono e o sonho, como observamos no quadro Sonho causado pelo voo de uma abelha ao redor de uma romã um segundo Antes do despertar:



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