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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

REALISMO E NATURALISMO

"O Realismo é uma reação contra o Romantismo: o Romantismo era a apoteose do sentimento; - o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos – para condenar o que houver de mau na nossa sociedade” – Eça de Queirós


No post anterior falamos sobre a geração condoreira, lembram? Essa fase já expressava o fim do Romantismo, já que se instaurava uma poesia polítco-social, sendo romântica somente no formato e expressão. Era o pré-Realismo.
As obras realistas eram objetivistas, opondo-se ao subjetivismo romântico. Cultivado no Brasil por Machado de Assis, o romance realista desse é voltado para a análise psicológica dos personagens, muito centrada no indivíduo. Já o romance naturalista é marcado pela análise social a partir de grupos marginalizados na sociedade, é a valorização do coletivo.

Veja este quadro de Honoré Daumier, chamado Os ladrões e o asno:



Aluísio Azevedo, naturalista, estimou tanto os instintos do homem que o comparava a animais: tinha ancas de vaca do campo; morreu estrompado como uma besta puxando carroça. Ao compararem seus personagens com animais, os naturalistas diferenciam-se muito dos românticos.
Os autores do Romantismo comparavam seus personagens a animais para indicar beleza, enquanto os naturalistas enfatizavam a animalidade em si, como notamos no quadro acima. Nele os homens lembram bichos seja pela disposição dos corpos ou pela expressão facial.

Quanto ao Realismo podemos comparar a retratação da realidade nua e crua, sem embelezamentos e subjetividade. O quadro do francês Gustave Caillebotte, Raspando o assoalho, mostra trabalhadores com se fosse uma fotografia informal sem enquadramento específico. Não mostra espontaneidade dos trabalhadores retratados, pois estes estão somente fazendo seu trabalho. Super realista, não?


Sugestão de filme: Madame Bovary (1991) - O filme é baseado no livro de Gustave Flaubert. Conta a história de Emma Bovary, uma mulher entediada no casamento que busca o adultério. Por conta do enredo o livro, de caráter realista, causou incômodo na sociedade do século XIX.
Leia um trecho do livro:

"... Despia-se brutalmente, arrancando o fino cordão do seu corpete que lhe sibilava ao redor das ancas como o escorregar de uma cobra. Ia na ponta dos pés nus ver ainda uma vez se a porta estava fechada; depois, com um único gesto, deixava cair, juntas, todas as suas roupas; - e, pálida, sem falar, séria, abatia-se contra seu peito, com um longo estremecimento..."


Saiba mais sobre Realismo e Naturalismo: http://www.coladaweb.com/literatura/realismo-e-naturalismo

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